terça-feira, 9 de agosto de 2016

Resenha de Filme - A Intrometida.

A Intrometida. Mamãe Coruja.
Susan Sarandon está de volta. E ela protagoniza uma película um tanto trivial, mas com uma atuação adorável que vale o ingresso. “A Intrometida” é um filme que não tem nada demais e explora um clichê manjadíssimo: o da mamãe coruja. Mas a coisa é feita de uma forma muito engraçadinha e fofinha, onde a consagrada atriz arrebata nossos corações. Como se não bastasse a excelente atuação de Sarandon, ainda temos de brinde uma também excelente atuação de J. K. Simmons, que fará par romântico com a atriz.
Vemos aqui a história de Marnie (interpretada por Sarandon), uma mulher de meia idade que perdeu o marido e que lida com as neuroses da filha Lori (interpretada por Rose Byrne), atormentada pela perda do pai e do namorado. O, digamos, excesso de zelo de Marnie para com Lori sufoca a filha que tenta, delicadamente, se desvencilhar de todas as investidas da mãe, que dispõe de muito tempo livre e dinheiro. Chegará uma hora em que Lori conseguirá fazer uma viagem a trabalho para Nova York (as duas vivem em Los Angeles) e ficará um tempo afastada da mãe, que passa a se aproximar das amigas de Lori e de um funcionário de uma loja de telefones celulares, sendo altamente generosa e mão aberta com eles. Mas ela acaba conhecendo Zipper (interpretado por Simmons), um ex-policial que faz figuração num filme da qual Marnie acidentalmente participou. Assim, vamos vendo o dia a dia de Marnie com essas suas amizades enquanto a filha está mais afastada.
Realmente é um daqueles filmes que não suscita reflexões mais profundas, a não ser pelo fato de que Marnie e Lori estão muito fragilizadas pela perda do marido e pai. Marnie não sabe o que fazer com seu tempo ocioso e excesso de dinheiro, e Lori sente uma falta enorme de seu pai. Marnie transparece um pouco menos seu sentimento de perda, mas isso também fica claro quando ela fica totalmente retraída com as investidas masculinas, justamente ela que é altamente expansiva e extrovertida com as pessoas. A graça do filme está na forma como essas duas personagens vão se comportar com esses sentimentos de perda e com as interações com as pessoas que as cercam.
O filme tem realmente como atração principal Sarandon, que está mais deslumbrante do que nunca, estando melhor até do que quando era mais jovem (e quem a viu em “Fome de Viver” lá no longínquo ano de 1983 sabe como ela era bonita em seus anos de juventude). Sua meiguice e doçura de mãe coruja conseguiam também ser muito engraçadas, o que nos despontava risadas e dó da personagem que cativava instantaneamente nossos corações. Já Simmons conseguiu fazer um estereótipo de personagem durão, mas isso era somente por fora, pois ele era um cara extremamente delicado e cortês, tendo uma lábia tão boa que ele era capaz de conquistar o coração de Marnie usando... galinhas. Foi um deleite ver os dois atuando juntos e é isso que faz você ir ao cinema ver esse filme quando você ver o trailer.

Dessa forma, “A Intrometida”, se não é um filme que mostra algo de muito novo e trabalha um clichê já muito manjado, nos premia com as ótimas atuações de Susan Sarandon e J. K. Simmons, que fizeram um par romântico de ótima química e que vale a pena o ingresso. Um programinha gostoso para distrair a cabeça e sair com a mente levinha da sala. Vale a pena dar uma conferida. E não deixe de ver o trailer após as fotos.

Cartaz do Filme

Marnie, Uma mamãe coruja muito presente...

Para o desespero da filha Lori...

Com muito tempo ocioso...

Fazendo amizades até com o vendedor de IPhone

Zipper. Cara de durão, mas muito cortês...

Conquistando Marnie com galinhas...

No fundo, no fundo, uma depende da outra...



Nenhum comentário:

Postar um comentário