domingo, 17 de julho de 2016

Resenha de Filme - Independence Day, o Ressurgimento

Independence Day, O Ressurgimento. Combatendo ETs De Forma Peculiar.
Todos se lembram do filme “Independence Day”, que chamou muita atenção há exatos vinte anos, por ter mostrado uma nova fronteira em termos de efeitos especiais. Pois bem. Aquele filme que parecia único, sem uma continuação, e um tanto icônico por causa disso, recebeu agora uma sequência, novamente dirigida por Roland Emmerich. Mas essa continuação foi um tanto exótica, para não dizer esquisita. Para que possamos examinar o porquê de tanta anormalidade, alguns “spoilers” serão necessários.
Como não podia deixar de ser, o filme fala da volta dos ameaçadores extraterrestres e sua sanha por exterminar a humanidade. Alguns elementos novos aparecem nesse segundo ataque. Os humanos se apropriaram da tecnologia dos discos voadores e, em vinte anos, reconstruíram o mundo e deram novos rumos para a humanidade, tendo bases na Lua e em outros corpos celestes do Sistema Solar. O dr. Okun (interpretado por Brent Spiner, o Data de “Jornada nas Estrelas, A Nova Geração”), que aparentemente havia morrido no primeiro filme, na verdade ficou em coma por vinte anos e despertou justamente às vésperas de um novo ataque. O agora ex-presidente Whitmore (interpretado por Bill Pullman) está um velho gagá, mas, na verdade, é atormentado à distância pelos alienígenas, assim como o dr. Okun, numa ligação mental, digamos, um tanto macabra que nos remete mais a filmes de terror do que de ficção científica. Já David Levinson (interpretado pela “Mosca” Jeff Goldblum), que era o grande protagonista da primeira película, agora parece ter um papel mais deslocado, já que houve uma renovação do elenco. Os protagonistas nesse segundo filme são de uma geração mais jovem, que conta com a filha do presidente Whitmore, Patricia (interpretada por Maika Monroe), o piloto Jake Morrison (interpretado por Liam Hemsworth, irmão de Chris Hemsworth, o Thor, onde a semelhança física dos dois é muito marcante) e pelo filho do personagem de Will Smith (que faleceu no filme), Dylan Hiller (interpretado por Jessie Usher). Todos eles são aviadores e terão um papel fundamental na trama, deixando os mais velhinhos para trás. Aliás, há uma participação especial de Robert Loggia, que no primeiro filme tinha feito o turrão General Grey. Podíamos perceber que o ator já estava muito doente e ele entrou mudo e saiu calado do filme, com seu personagem recebendo uma espécie de homenagem que, ao fim das contas, se materializou como uma homenagem ao próprio ator que faleceu depois desta filmagem. Há, ainda, a participação de Charlotte Gainsbourg como uma linguista que não teve muita influência no filme e que só serviu para ser par romântico de Levinson bem ao finalzinho da película. Uma personagem totalmente desnecessária, exceto para Levinson, obviamente.
Todo esse novo elenco deu uma cara nova ao filme, que faz a gente demorar a acostumar. Parece que a “velha guarda” de Independence Day meio que foi posta à escanteio e isso incomodou um pouco, embora os antigos protagonistas tivessem um papel até atuante. Ainda assim, a “ressurreição” do dr. Okun foi estranha, assim como o papel do presidente Whitmore, ora insano e gagá, ora fazendo discursos bem articulados, ora andando de bengala, ora pilotando aviões. Foi introduzido também um “núcleo africano”, onde guerrilheiros haviam combatido os ETs na base do facão (credo!) criando um estereótipo bem selvagem. Como o filme tem um certo quê de gozação, isso ainda passa, mas com um gosto de cabo de guarda-chuva na boca. Outra coisa que incomodou foi um OVNI de dimensões continentais e uma ET rainha que deu ao filme ares de tokusatsu. Mas como há gozação...

De qualquer forma, “Independence Day, o Ressurgimento”, confirmou aquela máxima de que as continuações são piores do que o original. O roteiro ficou com umas papagaiadas esquisitas, que tornaram a história mais pirotécnica que interessante. Nesse ponto, a trama contada no primeiro filme foi bem melhor, e o segundo mais pareceu um decalque mal feito do primeiro. De qualquer forma, é um blockbuster de ação e efeitos especiais para divertir e rir um pouquinho. Vale a pena ir, mas não espere muito ou algo do nível do primeiro filme. E não deixe de ver o trailer após as fotos.

Cartaz do Filme

Eles estão de volta...

... destruindo tudo de novo!!!

Carinhas novas...

... e antigas

Um herói meio encostado e um ex-presidente gagá...

Humanos se apropriaram de tecnologia dos ETs...




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