sexta-feira, 15 de julho de 2016

Resenha de Filme - Elvis e Nixon

Elvis E Nixon. Um Encontro Surreal!
Um filme muito divertido passa em nossas telonas. “Elvis e Nixon” trata de um dos encontros mais surreais da História, em pleno salão oval da Casa Branca. O rei do rock, (interpretado magistralmente por Michael Shannon, o General Zod do “Homem de Aço”), já estava meio ruim das ideias, quando ele usava sua arma de fogo para “trocar” os canais das suas três tvs que assistia simultaneamente. Por ser uma celebridade amada em todos os Estados Unidos, Elvis recebia vários distintivos honorários em várias cidades e até estados, sendo uma espécie de “agente de segurança” simbólico nestas localidades. Ao perceber como a juventude se perdia no mundo das drogas, Elvis queria um distintivo de agente federal especial, um cargo que não existia, para ajudar no combate às drogas como agente infiltrado em várias associações como os Panteras Negras (!). Para isso, ele mandou uma cartinha ao presidente Richard Nixon (interpretado ainda mais magistralmente por Kevin Spacey) que ele entregou em pessoa na Casa Branca. Só que o presidente não estava muito a fim de falar com o ídolo do rock. Vai caber aos assessores diretos do presidente e aos empresários de Elvis convencer o duro presidente a aceitar o encontro.
Essa película, dirigida por Liza Johnson, faz uma boa reconstituição de época, com direito a muitas imagens de arquivo, muito bem montadas com as filmagens. As atuações de Michael Shannon, que não se parecia muito fisicamente com Elvis, e Kevin Spacey, um pouco mais parecido com Nixon, foram simplesmente sensacionais. Shannon conseguiu fazer com maestria as maluquices de Elvis e, ao mesmo tempo, mostrar toda a insegurança e fragilidade de um astro vitimado por sua própria fama. Mas quem deu realmente um show nesse filme foi Kevin Spacey, que fez um Nixon praticamente perfeito, onde toda uma gama de trejeitos e sotaques amarrou muito bem o imaginário que temos sobre o ex-presidente americano que ficou conhecido pelo escândalo de Watergate e por suas posições extremamente conservadoras. O filme pode ser visto como dividido em duas partes: a entrada, que mostrou todo o desenrolar do arranjo do encontro entre os dois e de seus preparativos; e o prato principal, que foi o encontro em si, extremamente divertido e inusitado. Mas não posso sucumbir aqui à tentação dos “spoilers”, pois a coisa foi tão doida que só esse encontro já vale o ingresso.

Dessa forma, “Elvis e Nixon” é uma película altamente recomendada, pois é mais um daqueles filmes baseados numa história real, onde a vida imita a arte. A reconstituição de época é uma atração à parte, onde uma montagem feita com muita atenção valoriza as imagens de arquivo. Mas, principalmente, podemos ver aqui atuações altamente profissionais de Michael Shannon e Kevin Spacey, o grande destaque do filme em si, o que faz realmente valer o ingresso. É impressionante como um filme com uma duração relativamente curta (cerca de oitenta minutos) consegue prender a nossa atenção do início ao fim e nos arranca gargalhadas, não pela comicidade do filme, mas do simples fato de como tudo aquilo pode ter se inspirado numa história real, sendo uma das maiores óperas do absurdo que temos visto nos últimos tempos. Um programa imperdível em todos os sentidos! E não deixe de ver o trailer após as fotos.

Cartaz do Filme.

É ele mesmo???

Um encontro inusitado!!!

Aulas de caratê!!!

Bate na minha mão!!!

A foto mais requisitada do Arquivo Nacional dos Estados Unidos 

Um comentário:

  1. Michael Shannon como Elvis é incrível, eu nunca teria imaginado ele em um papel tão grande. Michael Shannon será impecável em seu novo filme. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Na minha opinião, Fahrenheit 451 será o mehor filme de drama de este ano. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.

    ResponderExcluir