segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Resenha de Filme - Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme.

Snoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme. Volta Aos Tempos de Pré-Adolescência.
E finalmente saiu o tão esperadoSnoopy & Charlie Brown: Peanuts, O Filme”. Fui correndo ao cinema ver e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que só havia um lugar para a sessão que eu havia escolhido no São Luiz. Isso mesmo, a sessão lotou. Tudo bem, era a estreia, época de férias, mas mesmo assim, me causou espanto que uma animação tão antiga, mesmo que recauchutada com a computação gráfica, fizesse tanto sucesso entre as crianças de hoje. Descontando as maciças campanhas de “marketing”, ainda assim eu acho que muitos pais devem ter levado seus filhos para curtir o desenho de novo, ensinando as novas gerações a gostarem de Snoopy, o que é muito bom, já que esse é um dos melhores desenhos animados de todos os tempos, na minha modestíssima opinião.
Tudo o que a gente adora está lá. A trilha sonora carregada num jazzinho meio “sixty” com o piano iradinho, as crises existenciais de Charlie Brown, sua paixão (e medo) pela garotinha ruiva, os conselhos psiquiátricos da Lucy (e o medo dos germes das lambidas do Snoopy), Lino e seu cobertor azul, Schroeder e sua paixão por Beethoven (ele toca a vinheta de abertura da Fox!), Paty Pimentinha e seu amor enrustido por Charlie, Chiqueirinho literalmente levantando poeira, Woodstock em seus voozinhos tresloucados, a professora (ou qualquer adulto) com aquela voz de trombone desafinado. E, principalmente, o grande astro, Snoopy, o cachorro mais versátil da História. Ele queria ir para a escola e tentava de todas as maneiras entrar lá, só que sempre era expulso. Até que encontrou uma máquina de escrever no lixo e começou a escrever as suas aventuras do ás voador contra o Barão Vermelho na Primeira Guerra Mundial. E agora, ele terá que salvar sua namoradinha Fifi.
Apesar da computação gráfica, ainda assim o espírito do desenho original permaneceu, muito provavelmente pelo fato de que o roteiro foi escrito por membros da família Schulz, Bryan e Craig. Não devemos nos esquecer que Snoopy nasceu das tirinhas cômicas de Charles Schulz, cujo personagem Charlie Brown é seu alter ego (Charles Schulz era realmente muito tímido e apaixonado por uma garotinha ruiva quando era pequeno na escola). E, ainda, Bill Melendez, que produzia e dirigia os desenhos animados antigos, faz as vozes de Snoopy e Woodstock, ou melhor, as suas vozes gravadas, pois Melendez já é falecido. Eu assisti uma cópia dublada e percebi que ela foi influenciada pela dublagem que era usada no SBT. Dessa forma, a Márcia, por exemplo, não falava “senhora” para a Paty Pimentinha, e sim “meu”. Assim, era como se a gente visse um dos desenhos que passavam no SBT lá na longínqua década de 80, quando toda a família via reunida e morria de rir. Nunca me esqueço do especial de Natal que vimos na televisão, onde Charlie Brown arrumou uma árvore de natal toda tronxinha, desprezada por todos no início, mas que depois foi toda bem decorada, mostrando que o espírito de natal é algo que está acima das aparências e do espírito comercial. E, na encenação do auto de natal, Snoopy teria que fazer todos os bichos da manjedoura. E aí, Lucy perguntava para ele: “você sabe interpretar um boi?” e ele respondia: “muuuu”. “E um carneiro?”, “béééé´”. “E um pinguim?”, e aí ele saía andando igual a um pinguim. Ou o dia em que ele estava muito atacado e chutava o Lino por trás. Ou quando ele corria e arrancava o cobertor do Lino. Era demais! E tudo isso está nesse desenho novo. Confesso que as lágrimas brotaram dos olhos um pouco. Saudades de um tempo e de pessoas que não voltam mais...

Então, se você tem mais de quarenta e tem filhos (ou não), não deixe de aproveitar essa oportunidade de ver um filme infantil no cinema. Te garanto que você não vai se arrepender. A prova disso é que um pai e sua filhinha sentaram do meu lado e a menina havia lhe perguntado se ele gostava de ir ao cinema, ao que ele respondeu mais ou menos assim: “Gosto, filha. Mas hoje é o desenho do Snoopy, né?”. Só que, durante a exibição da película, ele ria junto com a sua filha. Devia estar gostando, não,? Então, relaxe e aproveite. E não deixe de ver o trailer depois das fotos, além do desenho de Natal que eu mencionei.

Cartaz do Filme.

A velha turminha está de volta!

Muito fofo!!!

Conselhos psiquiátricos

Salvando a mocinha

A eterna paixão de Charlie Brown, a garotinha ruiva

De novo???

Soltando uma pipa

Escrevendo suas histórias

Cabeça nas nuvens.

Numa investigação...

Imagem imortalizada






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