quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Resenha de Filme - Carol

Carol. Homossexualismo, Família E Preconceito.
Mais um filme que concorre ao Oscar. “Carol” concorre a seis estatuetas (melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, roteiro adaptado, trilha sonora, figurino e fotografia) e é mais um filme que aborda um tema polêmico, o homossexualismo. Por isso mesmo, “Carol” é uma película totalmente pautada nas atuações dos atores, sobretudo Cate Blanchett e Rooney Mara, que interpretam as protagonistas.
Essa história, adaptada de um romance de Patricia Highsmith, “Prince of Salt”, se passa na Nova York da década de 50. Therese Belivet (interpretada por Rooney Mara) é uma moça na casa dos 20 anos que trabalha numa loja de departamentos. É época de natal e, um belo dia, adentra a loja Carol Aird (interpretada por Cate Blanchett) para comprar um presente de natal para a filhinha. As duas mulheres interagem e já houve uma química inicial. Quando Carol vai embora, ela deixou seu par de luvas em cima do balcão. Foi a deixa para que Therese arrumasse uma forma de devolver as luvas e para que Carol a convidasse para jantar. O casamento de Carol estava desmoronando, pois ela já tinha tido um relacionamento homossexual com uma amiga de infância. E, desta vez, o alvo seria Therese, que se deixou levar. O marido de Carol, Harge Aird (interpretado por Kyle Chandler), decidiu entrar na justiça para ter a guarda definitiva da filha, alegando que Carol não se comportava de forma moral. Tal situação obviamente vai abalar o relacionamento entre Carol e Therese, e o desfecho dessa história não será feito de forma simples.
O filme tem grandes virtudes, sobretudo as atuações de Cate Blanchett, que, não à toa, recebeu a indicação ao Oscar de melhor atriz, e de Rooney Mara, que recebeu a indicação para o Oscar de melhor atriz coadjuvante. As duas atrizes fizeram um tema tão polêmico quanto o homossexualismo ser tratado com uma delicadeza extrema. Blanchett fazia uma madame de quatro costados, enquanto que Mara fazia uma jovem que ainda se descobria e se comportava de forma muito tímida, desabrochando-se ao longo da exibição da película. O grande tema reflexivo do filme foi a tal cláusula de moralidade que existia no acordo de divórcio, que determinava a guarda da filha apenas para o pai. Como a personagem Carol bem atestou, seu comportamento era considerado amoral, mas não era amoral tirar uma filha de sua mãe. É mais uma história que vai mostrar todo o preconceito que existia (e, em determinados lugares ainda existe) contra o homossexualismo, a ponto de as leis não garantirem os direitos dos homossexuais, por considerarem ainda essa prática como uma doença. E pensar que, em certos países, ainda tem gente que pensa dessa forma. Ainda bem que isso acontece bem longe daqui...
A reconstituição de época e o figurino também merecem destaque. As atrizes estavam charmosas e deslumbrantes em roupas muito elegantes. O uso de automóveis da década de 50 só realçava todo espírito daquela época. Com certeza, essas características ajudaram em muito todo o clima de suavidade presente no filme e a indicação para figurino também se faz muito justa.

Dessa forma, “Carol” é mais outra produção digna de receber as indicações ao Oscar que recebeu. As atuações das atrizes principais, o clima de delicadeza e suavidade, a boa reconstituição de época e figurino, a discussão e reflexão sobre um tema altamente polêmico. Todos esses fatores contribuíram para que essa película entre na boa lista de filmes que devem ser vistos esse início de ano. E não se esqueça de ver o trailer depois das fotos.

Cartaz do Filme

Carol, uma madame de quatro costados.

Therese, uma jovem que trabalha numa loja de departamentos.

Um encontro na loja de departamentos

Problemas no relacionamento. 

Ótima reconstituição de época

Carrinhos antigos irados!!!

O filme prima pela delicadeza

Divulgando o filme com o diretor Todd Haynes

2 comentários:

  1. Isso aí, grande Carlos!!!!!! Achei um filme bem digno também. Uma Mrs. Blanchett bem sintonizada. E um cuidado incrível com figurino, trilha e fotografia. Adorei o filme! Abração!

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  2. Isso aí, grande Carlos!!!!!! Achei um filme bem digno também. Uma Mrs. Blanchett bem sintonizada. E um cuidado incrível com figurino, trilha e fotografia. Adorei o filme! Abração!

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