segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Resenha de Filme - A Teoria de Tudo

A Teoria De Tudo. O Microcosmos Da Vida Daquele Que Investiga O Macrocosmos.
Uma cinebiografia muito boa em nossas telas. “A Teoria de Tudo” baseia-se na história do físico inglês Stephen Hawking, uma das mentes mais brilhantes de nosso tempo. Ele ocupa, em Cambridge, a cadeira que já foi de Isaac Newton e sua grandiosidade é comparada com a desse físico e de Albert Einstein. Ele defendeu uma teoria que tem como ideia principal a evaporação de buracos negros, usando o princípio da incerteza de Heisenberg, forjado na mecânica quântica. Com isso, ele procurou dar um passo na teoria do campo unificado, onde teríamos uma equação que explicasse todo o Universo. A física tem várias teorias para explicar fenômenos da natureza. Vemos a física newtoniana, aquela que aprendemos na escola, explicar o movimento de corpos macroscópicos a baixas velocidades. Temos a física relativística, que estuda movimentos a velocidades altas, próximas da velocidade da luz. Vemos a física que estuda fenômenos ligados a ondas eletromagnéticas. E vemos a mecânica quântica, a física que estuda forças em níveis atômicos. Alguns cientistas acreditam que pode-se unificar essas teorias em uma só, criando uma espécie de “Teoria de Tudo”. Uma das contribuições de Hawking foi justamente tentar dar um passo nessa direção.
Mas, voltemos ao filme. Esses elementos científicos são citados na história, mas o foco principal é a vida do cientista em si, que contém uma tragédia pessoal. Ele foi acometido de uma doença onde os neurônios que mandam os comandos do cérebro para os músculos e órgãos não fazem mais esse trabalho. Como consequência disso, a pessoa não consegue mais se mover e pouco a pouco, a musculatura começa a se atrofiar até a morte. Nosso protagonista (interpretado por Eddie Redmayne, que fez uma excelente caracterização do cientista, diz-se que o próprio Hawking achava que ele se via no filme) mostrava sinais dessa doença, esbarrando em objetos, ou tropeçando, o que lhe dava a aparência de ser um desastrado. Quando diagnosticada a moléstia, Hawking tinha uma previsão de apenas dois anos de vida. O mais lamentável é que sua capacidade de pensar permaneceria intacta, mas a doença o impossibilitaria de expressar seus sentimentos. Ele havia se entregado completamente, mas recebeu a ajuda de sua namorada, Jane (interpretada por Felicity Jones), com quem se casou e teve três filhos. Mesmo com todos os problemas ligados à doença, Hawking levou seu trabalho de doutorado à frente e conseguiu terminá-lo.
O filme começa empolgante, mas com tempo, a história fica um tanto quanto arrastada e até melancólica, pois vemos os problemas que a doença provoca em sua vida, tanto no aspecto físico quanto no emocional. Apesar de tudo, Hawking não esmoreceu e continua na ativa até hoje, onde sua inteligência muito apurada o ajuda a enfrentar todas as dificuldades. Aliada a essa inteligência está o seu grande senso de humor, que contagiava todo mundo e o ajudava, inclusive, a brincar com seus filhos pequenos. Uma coisa que deve ser dita aqui é que o filme se baseou no livro escrito pela esposa de Hawking, que revelou todos os detalhes da vida dela com o cientista.

Assim, “A Teoria de Tudo” é mais um filme que merece nossa atenção, até porque ele concorre a cinco Oscars (filme, ator para Eddie Redmayne, atriz para Felicity Jones, roteiro adaptado, trilha sonora original) e ganhou o globo de ouro de melhor ator de drama para Eddie Redmayne. Se você quer saber um pouco das teorias do famoso cientista e muito sobre sua vida íntima, esse filme é um programão.


Cartaz do filme


Stephen Hawking e a futura Jane Hawking


Tudo aparentemente ia bem...


Mas uma doença degenerativa o pegaria de surpresa...


Mesmo assim, o casamento aconteceu


Um relacionamento cheio de dificuldades.


Unidos por vários anos.,.


Ainda conseguiu criar os filhos!!!!


Uma sensacional caracterização...


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