terça-feira, 7 de outubro de 2014

Resenha de Filme - Gangues de Tóquio

Gangues De Tóquio. O Hip Hop Do Japonês Doido.
Abram alas para todo o exotismo do mundo no Festival do Rio 2014!!!! Chegou “Gangues de Tóquio” para bagunçar todo o coreto!!! Imaginem um filme japonês recheado de canções de hip hop sobre um submundo da capital japonesa, com gangues das mais variadas matizes e cores. É isso que vemos nesse muito doido filme japonês, onde passagens hilárias não faltam. O filme também é uma explosão de sensualidade, onde japonesas esguias com seios fartos aparecem de forma recorrente. Não nos podemos esquecer de que a trama também é regada a muita, muita violência. Ah, e como não podia deixar de ser, muitas cenas de luta, com direito até a uma virgem com pinta de Sailor Moon, acompanhada de seu fiel escudeiro, um garotinho que adora comer frutas, sobretudo maçãs.
As gangues são violentas, com exceção de uma, que prega a paz e o amor. Isso irrita profundamente Mera, o líder louro e musculoso de uma gangue e capanga principal de Buppa, um vilão para lá de escatológico e muito engraçado, cujo terno é feito de um pano que lembra as cortinas da casa da minha avó. Mera irá buscar a vingança contra um dos membros da gangue pacifista, cujas diferenças começaram numa... sauna (?!?!) O motivo disso? Só vendo o filme. É insano demais para ser dito aqui. Com relação a virgenzinha, ela é filha de um sacerdote que vive na Europa e que precisa de virgens para serem sacrificadas num ritual, tendo a sua cabeça posta a prêmio por Buppa, que também irá comandar um ataque contra todas as gangues. Elas precisarão se unir para conter o ataque de Buppa. E aí o pau quebra feio no filme. A computação gráfica tosca ajuda em alguns momentos como o tanque de uma gangue que passeia pelas ruas bombardeando letreiros de neon, ou um grande ventilador de aço de Buppa, que sai simplesmente sugando e desintegrando as pessoas. Kill Bill perde feio. Há, inclusive, alusões a esse filme e a Bruce Lee.

Essa história muito doida e engraçada é inspirada num mangá. Dá para perceber que foi uma produção bem cara, cheia de enfeites, figurinos e balangandãs. Mas, realmente, o filme é muito bobinho, para não dizer ridículo. É ideal para ataques incontidos de gargalhadas de tão esculachada que é a coisa. Como comédia, é altamente recomendável. Mas o filme também pode ser enquadrado no gênero musical. Foi uma forma no mínimo inusitada de curtir os últimos dias do festival. Vale a pena conhecer esse filme, que é um exemplo vivo do que a porralouquice cultural japonesa pode fazer.

 
Cartaz do Filme


Personagens para lá de exóticos


Mera, um dos vilões.


Cenas de luta com direito a espadas de samurai digladiando com tacos de baseball.



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