perdidos num pequeno barco, em pleno mar.
Oh! Que angústia tudo isso pode dar!
Duas mulheres e um homem em desespero profundo,
isolados de tudo e de todos, do resto do mundo.
Vemos, aqui, a condição humana
limitada pela natureza soberana
que leva nossos heróis a uma mentalidade insana.
A primeira mulher era uma criminosa
que, fugida do cárcere, foi perseguida de forma insidiosa.
A segunda mulher era muito frágil
que fugiu do marido alcoólatra de forma ágil.
O homem era amante de uma mulher casada
que, pela moléstia da lepra, foi vitimada.
Três histórias tristes e desesperadas.
Três humanos em fugas desvairadas.
Agora, no barco, eles veem a ameaça da entropia.
Vinda do mar, a desorganização desafia.
Ela quer destruir o humano, essa estrutura bem construída,
sem dó nem piedade e de forma dolorida.
A primeira mulher luta
mas a outra mulher desiste e o homem reluta.
Ao surgir um pequeno objeto no mar
o homem mergulha para não mais voltar.
Começa, então, a tempestade!
O mar finalmente o barco invade.
Ao final, tudo desaparece,
tudo perece.
Exceto a primeira mulher
que morre aos poucos como o mar quer.
É a vitória do amorfo, do indiferenciado
que tripudia do humano ao seu agrado.
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