terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mário (à Mário Peixoto) - Série Cinematográfica

Era um menino muito franzino,
muito recluso, muito fechado.
Muito ligado à avó,
que, na adolescência foi estudar na Inglaterra.
Lá, teve contato íntimo com o cinema.
Se apaixonou pelos filmes alemães.
Mas sofria muito com a frieza do povo inglês
e, por isso, teve como amigos filhos do Império japonês.

De volta ao Brasil,
tinha como amigos estudiosos do cinema
que fundaram um periódico
cuja função era estudar o cinema teoricamente.
Ele via tudo à distância,
mas buscava um enredo para um scenario
do fundo de sua alma
onde a teoria vinha apenas como um apoio.

Logo escreveu o scenario.
Entregou-o para um diretor de cinema
e para outro.
Qual foi a conclusão dos dois?
O próprio menino franzino deveria dirigi-lo.
O scenario era complicado demais.
E todos aqueles que militavam pelo cinema
logo começaram a ajudá-lo.

De todo esse esforço
saiu um filme único, maravilhoso.
Um filme que explorava
a limitação da condição humana
perante o Universo.
Onde toda a angústia do ser
era exposta de forma fria e crua,
uma reflexão de até onde nós podemos ir em nossas vidas.


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